Socialistas negam, mas costuras políticas nesse sentido têm aumentado
Fernando Filho é cotado para ministério da Integração
Acervo JC Imagem
Franco Benites
Dirigentes nacionais do PSB, entre
eles o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio, reuniram-se ontem em
Brasília para discutir os rumos da legenda em um possível governo Michel Temer
(PMDB). A decisão oficial ficou para ser publicada na próxima terça-feira e de
concreto apenas a divulgação de uma carta com propostas dos socialistas para
tirar o Brasil da crise. O documento foi entregue ao peemedebista
pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e pelos líderes do
partido do na Câmara Federal, Fernando Filho, e no Senado, Antônio Carlos
Valadares (SE).
Após a audiência com Temer, Carlos
Siqueira negou que o PSB já tenha um nome para oferecer ao vice-presidente
formar seu ministério caso se confirme o afastamento da presidente Dilma
Rousseff (PT). “Não fizemos absolutamente nenhuma reivindicação de cargos”,
afirmou, para em seguida complementar que “o PSB oportunamente
vai examinar a proposta que lhe for feita”.
Embora a decisão do PSB sobre a
participação em um ministério só seja divulgada na terça, comenta-se, em
Brasília, que Temer tem pressionados as legendas a indicarem nomes até o fim de
semana. Também cresceram nos últimos dias as apostas de o PSB ocupará um
eventual ministério com Fernando Filho. O pernambucano iria para a pasta
de Integração Nacional, a mesma que já foi ocupada pelo pai, o senador Fernando
Bezerra Coelho (PSB), no governo Dilma. Ao JC, Fernando Filho negou
que a participação no governo federal esteja garantida com a ascenção do
vice-presidente.
A ida de Fernando Filho para o
ministério da Integração reprsentará uma derrota política de Paulo e Geraldo
dentro do PSB uma vez que eles são contra a movimentação pró-ministério. O
governador e o prefeito têm o apoio de outros socialistas do Estado. A leitura
desse grupo contrário à vinculação direta do partido com Temer é que a sigla
sairá perdendo por fazer parte de uma gestão repleta de “vícios”.
PROPOSTAS - No documento
entregue a Temer ontem, o PSB externa que é preciso um “governo de união
nacional” para salvar o Brasil. “Há dez pontos que estão mencionados no
documento. Diferentemente do governo Dilma, que fez uma opção para valorizar de
modo excessivo o lucro do sistema financeiro, nosso partido propõe que o
rumo do governo seja para valorizar a produção, o trabalho e o emprego”,
disse Siqueira.
O PSB também pede a Temer atenção a
um “novo federalismo”, à reforma tributária, à manutenção das conquistas
sociais e ao estímulo do debate sobre o parlamentarismo.
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